Qualquer coisa se torna interessante, se pararmos para observar o suficiente.
Todo e qualquer ser ou objeto que se move aqui na Terra, do menor ao maior, está sujeito às características da atmosfera. Cada um reage de uma forma única às forças aerodinâmicas, por mais que no dia a dia elas sejam desprezíveis. Mas quando falamos de toneladas de metal sustentadas no ar, o cenário é bem diferente.
Manter o fluxo de ar constante na superfície de um aerofólio, independente da velocidade, não é tão simples. Conforme o ar avança pela asa, o fluxo perde pressão e velocidade por causa do atrito com a superfície da asa. Ao passar pela camada limite ele tende a turbilhonar e descolar da asa, causando o estol. É aqui que entra o protagonista dessa leitura; o Gerador de Vortex.
Conforme nossas descobertas na aerodinâmica foram acontecendo, ferramentas e inovações surgiram permitindo um voo mais eficiente em diferentes velocidade. Os geradores de vortex tem a função de manter o fluxo de ar mais constante conforme ele avança pela asa, retardando o estol em velocidades baixas e altas também. Alguns são instalados na direção dos ailerons para ajudar a manter o controle em velocidades baixas.
Nas pontas da asa o ar do intradorso se mistura com o ar do extradorso. Por causa da diferença de pressão entre eles, um vortex é gerado no sentido da ponta para a raiz da asa. Os geradores de vortex são mini asas que agem da mesma forma, fazendo com que a mistura da duas pressões de ar gere um fluxo de ar que fica por mais tempo na asa, mesmo após passar a camada limite laminar. Em termos mais simples, eles retardam o estol.
Como disse anteriormente, todos estamos sujeitos às condições atmosféricas. Algumas indústrias exploram bastante a aerodinâmica em busca de melhor eficiência. O automobilismo, alguns esportes como o ciclismo, o iatismo e até mesmo o golfe. Você já deve ter reparado que a bola de golfe tem vários alvéolos, ou furos como parecem. Já se perguntou o porquê da bola de golfe ser do jeito que ela é?
Se a bola de golfe fosse lisa, o fluxo de ar começaria a se descolar dela aproximadamente na metade de sua circunferência, como na imagem abaixo. Já a bola de golfe como é hoje, possui um fluxo de ar mais eficiente e que se descola bem mais tarde, gerando menos arrasto e permitindo-a alcançar maiores distâncias.
Você alguma vez já parou para pensar em como algo tão simples como os alvéolos de uma bola tem a mesma função dos geradores de vortex da asa de um avião pesando toneladas? Já voou um avião que possui geradores de vortex? Sentiu diferença no voo em velocidades baixas? Compartilhe conosco.
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