Todo piloto em algum momento da carreira já se encontrou em uma situação em que se perguntou: “por que eu devo decolar?”

A decisão de não prosseguir com o voo é uma das mais difíceis na carreira do aviador, talvez pela vontade em completar a tarefa, talvez pelo ego ou ainda pelo desafio.

É muito difícil dizer para o patrão, para o piloto chefe, para a coordenação de voo ou para os passageiros que o voo está interrompido.

Na aviação particular é ainda mais complicado, considerando fatores como as operações em aeródromos desprovidos de auxílios (aqueles que só operam em condições visuais) ou pela pressão do patrão para chegar no destino.

Durante o processo de tomada de decisão se faz necessário ter uma análise fundamentada em critérios coerentes e legais, como uma forma mais simples de abranger todo o operacional. Lembre-se de um acrônimo simples denominado M.A.N.O., serve como um checklist pré-voo que trata os assuntos de:

M – Meteorologia (METAR, mínimos para decolagem / previsões)
A – Aeronave (panes / mel)
N – Notam (origem / destino / alternativa)
O – Operação (performance / velocidades / briefing /alternados)

Essa análise tem como referência o método PAVE sugerido pela FAA, porém o método MANO está ajustado e modelado para a realidade das operações no Brasil.

Você, um Piloto Completo, entende as regras do ar e não consegue ignorar os mínimos operacionais estabelecidos tanto na ICA 100-12 quanto no RBAC 91. Somado ao método MANO é possível abranger vários aspectos operacionais de forma rápida, assertiva e direta e o piloto consegue facilmente identificar o que precisa ainda cumprir para que a decolagem seja possível.

Você já teve que cancelar um voo ou um pouso? Conte nos comentários.


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